'...onde você for vida me leva e todo sentimento me carrega'

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Um palhaço e uma criança se encontram. O cenário que os envolvem é pintado de branco e azul. Nele há aparelhos computadorizados e luzes que piscam, ligadas a um incontável numero de fios que dão ritmo ao andar das pessoas que ali trabalham. O espaço da cama da criança delimita esse encontro. Envolta pelos lençóis arrumados e dentro das grades que a protegem, a criança enfrenta um desafio: viver. E ele está sendo cumprido ao ritmo dos aparelhos, na velocidade dos homens e dentro do mistério da vida que habita seu pequeno corpo.
O palhaço crê na força dessa união. Acredita que brincar é a melhor forma de encontro e que estes não tem tempo definido para acontecer: dependem da intensidade dos olhares e da permissão para o jogo. E aqui o jogo já começou e nele é dificil dizer quem brinca com quem. É tão intenso que brincar, nesse encontro, é sinôimo de viver.
Dos mistérios do corpo, são poucos os que a ciência descreveu. Os digitos dos aparelhos talvez não captem totalmente o resultado desses encontros, nem mesmo os olhares dos profissionais e cientistas que estão em torno. Só mesmo os sorrisos, que agora fazem parte desse cenário, podem dar o incontestável testenho de que essas uniões deram sua contribuição à vida.

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